quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Saudades

Foi por tí que num sonho de ventura, a flor da mocidade consumi, e as primaveras digo adeus tão cedo, e na idade do amor envelheci.

Vinte anos! Derramei-os gota a gota num abismo de dor e esquecimento de fogosas visões nutri meu peito vinte anos! Não vivi um só momento.

Contudo no passado uma esperança, tanto amor e ventura prometia, e uma virgem tão doce tão divina nos meus sonhos junto a mim adormecia.

E quantas vezes o luao tardio não viu nossoas amores inocentes não embalou-se da morena virgem no suspirar nos cantigos ardentes.

Eu sonhei tanto amor, tantas venturas, tantas noites de febre e de esperança, mais hoje o coração desbota, esfria e no peito no tumulo descansa.

Pálida sombra dos amores santos, passa, quando eu morrer no meu jazigo, ajoelha-te ao luar e canta um pouco.

Que eu até na morte sonharei contigo!!!

desconheço o autor

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